Maria
É a
Mãe piedosa
De
todas as mães resignadas e sofredoras.
É a
consolação
Que
se derrama puríssima
Sobre
os prantos maternos,
Vertidos
na corola imensa das dores;
É o
manto resplandecente
Que
agasalha os corações das mães piedosas,
Amarguradas
e infelizes,
Que
orvalham com lágrimas benditas
As
flores do seu amor desvelado,
Espezinhadas
pelo sofrimento,
Fustigadas
pelo furacão da desgraça, atropeladas pelo mal,
Perseguidas
pelo infortúnio
No
sombrio orbe das lágrimas e das provações.
Todas
as preces maternas
Ascendem
aos Espaços
Como
um doloroso brado de angústia a Maria;
E a
rosa sublime de Nazaré
Escuta-as
piedosamente,
Estendendo
os seus braços tutelares
Às
mães carinhosas e desprotegidas;
E
bastam os eflúvios do seu amor sacrossanto
Para
que as consolações se derramem
Cicatrizando
as feridas,
Balsamizando
os pesares,
Lenindo
os padeceres
Das
mães desoladas, que encontram nela
O
símbolo maravilhoso de todas as virtudes!...
Ao
seu olhar compassivo,
Pulverizam-se
os rochedos do mal
Do
oceano da vida de desterro e de exílio,
Para
que o Brigue da Esperança,
Com
as suas velas alvas e pandas,
Veleje
tranqüilamente,
Buscando
o porto esperado com ânsia,
Da
salvação das almas que sofreram
Nos
torvelinhos do mundo,
Como
náufragos de uma tormenta gigantesca,
Que
não se perderam no abismo das águas tenebrosas
Do
mar da iniqüidade,
Porque
se apegaram
A
âncora da Fé.
Maria
é o anjo, pois,
Que
nos ampara e guia em nossa cruz;
Levando-nos
ao Céu, cheia de piedade e
Pelas
nossas fraquezas.
Ela
é a personificação do amor divino
No
vale das sombras e das amarguras,
E
sendo o arrimo de todas as criaturas,
É,
sobretudo,
A
Virgem da Pureza
Francisco
Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 341
–
Mãe das mães.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932